ele hoje comemora seu aniversário, está de 'cumpleaños': o jornalista, escritor, eterno pensador. Dono de olhos no tom do azul, sonhava quando pequeno com o verde dos campos de futebol, tema que permeia em alguns lugares sua vasta obra, mas sem perder o contexto que ultrapassa a temporalidade e jamais se desliga da 'veia latina' - um compromisso deste uruguaio, sensível e visionário, como se fora ainda menino. O autor de "O livro dos abraços" e outros trinta e nove títulos, um dia escreveu assim sobre a função da arte:
"Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
Me ajuda a olhar!"

Vida longa, meu caro hermano!
"Recordar: Del latín re-cordis, volver a pasar por el corazón."
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